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Francis Bacon - O Ocultismo

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Francis Bacon estadista e filósofo inglês, 1561-1626. Último filho de sir Nicholas Bacon, lorde Mantenedor do Selo Real da rainha Elizabeth I, cresceu em meio aos mais altos niveis da sociedade elisabetana. Estudou no Trinity College, em Cambridge, Direito na Gray's Inn e passou no exame para exercício da advogacia em 1582. Em 1584, foi eleito para o Parlamento, dando início a uma longa carreira política, com altos e baixos.

Apesar de uma série de problemas, causados principalmente pelo fato de ter apoiado a pessoa errada na complexa política da corte daquela época, ele ascendeu lentamente os escalões sociais e recebeu do rei James I o título de cavaleiro em 1603. Trabalhou em diversos cargos governamentais e chegou a um mandato como grande chanceler - conselheiro do primeiro-ministro em 1618-1621. Nesse ano, porém, acusado de corrupção, passou um breve período na Torre de Londres e depois libertado, mas com a carreira arruinada. Foi morar em sua propriedade rural e passou o tempo dedicado a temas acadêmicos e cientificos até sua morte.

Em paralelo com suas atividades políticas Bacon dedicou muito tempo a textos filosóficos, e seu tratado o Progresso do Conhecimento (publicação original, 1605) foi um importante manifesto, prenunciando a filosofia da ciência moderna. Seu Novum Organum foi um dos mais importantes tratados sobre lógica indutiva - o principal elemento da metodologia científica - e sua única obra de ficcão, a incompleta Nova Atlantida, foi um romance utópico sobre a "Casa de Salomão", uma visão elisabetana do que hoje chamariamos de grupo de especialistas cientificos.

O envolvimento de Bacon com as tradições ocultistas foi mínimo, em seus textos ele descarta toda tradição ocultista do Renascimento como uma superstição insensata, sugerindo que, na melhor das hipóteses, a alquimia deveria ser analisada de forma racional para que fossem estudados quaisquer processos químicos úteis eventualmente descoberto pelo antigos alquimistas. Essa atitude não impediu de ser transformado em adepto rosa-cruz por praticantes de história ocultista dos séculos XIX e XX. Nos circulos teosóficos, ele é identificado com o Conde de Saint-Germain.

A bizarra história da controvérsia Bacon-Shakespeare - a alegação feito por uma longa linhagem de acadêmicos obscuros, baseada em evidências mínimas, de que teria sido Francis Bacon o verdadeiro autor das peças atribuídas a William Shakespeare - também aumentou o status de Bacon em alguns ccirculos ocultistas. A tendência a confundi-lo com seu quase homônimo, o frade franciscano Roger Bacon, também contribui para isso.


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