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O livro da magia sagrada de Abramelin o mago

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Grimório preservado num único exemplar do século XVIII, na Biblioteca do Arsenal, em Paris. Escrito em Francês, afirma ser a tradução de um original hebreu datado de 1458, embora os estudiosos tenham dúvidas sobre essa alegação.

Segundo o longo prefácio, representa os ensinamentos de um mago judeu chamado Abramelin, transmitidos por ele e seu aluno Abraão e por este a seu filho Lameque. Esses ensinamentos, que Abraão descreve como o único sistema mágico válido do mundo, exigem que o estudante dedique seis meses de preces, penitências e rituais para obter o "Conhecimento e Conversação com o Santo Anjo Guardião". Depois disso, o estudante conquista o poder de comandar espíritos malignos por meio de talismãs feitos com combinações de letras.

O Livro da Magia Sagrada de Abremelin, O mago, foi redescoberto no final da década de 1890 pelo fundador da Golden Dawn, Samuel Mathers (1854 - 1918), e a tradução em 1898. Desde então, tem causado grande impacto no pensamento mágico, especialmente em função da influência exercida sobre Aleister Crowley (1875-1947), que o usou como gabarito para parte de sua visão pessoal da magia.



Até hoje, a ideia de que a magia é ou deve ser dirigida para o conhecimento e a contemplação de nosso próprio Santo Anjo Guardião - um conceito que não é encontrado em fontes mais antigas, exceto nessa obra - é lugar comum nos textos mágicos.

Entretanto o livro em si gerou uma reputação sinistra entre ocultistas da primeira parte do século XX. Acidentes lúgubres e desequilíbrio mental teriam ocorrido com muitos daqueles que possuíam um exemplar de edição original, ou que tentaram utilizar os talismãs contidos na obra.

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